quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Os últimos rinocerontes-brancos do norte !

 Assista ao vídeo : https://www.youtube.com/watch?t=91&v=gi74I85hiLc  
   Aos 42 anos, Sudan não consegue dar uma volta no parque sem ter em sua cola a companhia de três guarda-costas armados com escopetas e rifles semiautomáticos. Equipados também com GPS, óculos de visão noturna e roupas camufladas, os seguranças não lhe dão sossego: ficam ao seu lado 24 horas por dia, sete dias por semana. Engana-se quem pensa que Sudan é um bilionário com medo de sequestro ou uma pessoa que vive num programa de proteção a testemunhas. Trata-se do último macho conhecido do rinoceronte-branco do norte.
Ele vive no Ol Pejeta Conservancy, área de proteção no Quênia, em companhia de duas fêmeas da mesma espécie, também protegidas por homens armados (além delas, só há mais duas fêmeas vivas, e ambas estão em zoológicos). Os seguranças têm como missão garantir que Sudan não seja morto por caçadores em busca de seu chifre, vendido em países como o Vietnã por até US$ 100 mil o quilo — mais valioso que ouro, por ter fama de curar doenças como o câncer. Caso os seguranças fracassem, o rinoceronte-branco do norte vai entrar para a infame lista de animais extintos. 
A tentativa desesperada de salvar a vida de Sudan é apenas o mais recente capítulo do drama dos rinocerontes na África. No ano passado, o governo sul-africano informou que 1.215 animais (incluindo os rinocerontes-negros) foram mortos no Kruger, o maior parque nacional do continente, que encobre uma área de 20 mil quilômetros quadrados — quase o tamanho do País de Gales. É um aumento de 9.000% em apenas sete anos (veja tabela abaixo). A fêmea Najin, que também precisa ser protegida pelos guardas . 


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