domingo, 22 de setembro de 2013
O urso panda foi descrito pelo missionário francês Armand David em 1869 como Ursus melanoleucus.2 No ano seguinte, Alphonse Milne-Edwards ao examinar o material enviado por David, notou que os caracteres osteológicos e dentários o distinguia dos ursos e o aproximava ao panda-vermelho e aos procionídeos, descrevendo então um novo gênero para a espécie, e recombinando-a para Ailuropoda melanoleuca.3 No mesmo ano, Paul Gervais concluiu com base num estudo das estruturas intracranianas que o panda era relacionado com os ursos, criando um novo gênero, o Pandarctos.4 Em 1871, Milne-Edwards acreditando que o gênero Ailuropoda estava pré-ocupado pelo Aeluropoda de Gray, publicado em 1869, propõe o nome Ailuropus. William Henry Flower e Richard Lydekker em 1891 emendam o novo nome de Milne-Edwards para Aeluropus,5 resultando em uma considerável confusão na literatura subsequente.6 A classificação do panda-gigante têm sido objeto de grande controvérsia por muitos anos, principalmente pelas características compartilhadas com o panda-vermelho, como semelhanças nas estruturas craniais, dentárias, viscerais e da genitália externa, assim como a presença do osso sesamoide opositor na mão (falso-dedo).7 Inicialmente tratado como urso, e posteriormente relacionado com o panda-vermelho e os procionídeos, a espécie sofreu reposicionamento taxonômico diversas vezes no decorrer dos anos. Em 1885, George Jackson Mivart revisou os carnívoros artóideos posicionado tanto o Ailurus como o Ailuropoda na família Procyonidae.8 Flower e Lydekker 1891, dividiram os gêneros, deixando o Ailurus na Procyonidae e movendo o Ailuropoda para a Ursidae.5 Em 1895, Herluf Winge relacionou o panda a um gênero extinto, o Agriotherium.9 Em 1901, Ray Lankester e Richard Lydekker reafirmam o posicionamendo de ambos os gêneros entre os procionídeos, separando-os na subfamília Ailurinae.10 11 Reginald Innes Pocock em 1921 revisou a Procyonidae, separando os dois gêneros em famílias distintas, Ailuridae e Ailuropodidae.12 William Gregory, em 1936, ao examinar características craniais e dentárias dos dois pandas e de outros gêneros extintos, retorna os dois gêneros a família Procyonidae.13 George Gaylord Simpson em sua classificação dos mamíferos de 1945 mantém o posicionamento defendido por Mivart e demais autores que colocam os dois gêneros de pandas entre os procionídeos.14 Em 1956, Leone e Wiens analisando proteínas sorológicas concluem que o panda-gigante é um ursídeo.15 Em 1964, Davis mantém o Ailuropoda entre os ursos, baseado na morfologia geral das espécies.6 Numa revisão de 1978, a espécie é posicionada na tribo Ailuropodini pertencente a subfamília Agriotheriinae.7 Erich Thenius, em 1979, ressuscita a família Ailuropodidae para o gênero Ailuropoda.16 Em 1985, a subfamília Ailuropodinae é arranjada dentro da Ursidae.17 No mesmo ano, outro autor, volta a relacionar os dois pandas, indicando que os gêneros podem ser arranjados em famílias distintas mas muito próximas ou então na mesma família, a Ailuridae.18 Em 1993, a segunda edição do Mammals Species of the World posiciona os dois gêneros na subfamília Ailurinae dentro da Ursidae.19 Mas em 2005, na terceira edição, desfaz o arranjo, elevando o Ailurus a família Ailuridae, e voltando o Ailuropoda a família Ursidae, mas sem reconhecer nenhuma subfamília.20 Outros autores, entretanto, classificam o gênero na tribo Ailuropodini da subfamília Ursinae,21 22 ou então na subfamília Ailuropodinae23
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